terça-feira, 16 de dezembro de 2008

as falas da flauta calada.

E no camarim,
um pulsar nunca sentido antes,
nenhum outro coração bateu tão forte em cima do meu,
nenhum outro olhar coube tanta sinceridade,
as asneiras ouvidas, nunca foram tão proveitosas..
me trazendo pra o que não foi vivido num passado,
presente o que eles chamam de amor.

Gelo antes de entrar em cena..
o papel de ser,
parecia tão difícil José,
os bons conselhos se repetiam pelas paredes do corredor,
ao entrar,
as luzes me embaçaram as vistas,
é como se naquela hora
quisessem me atordoar.

Entrei apertando os olhos,
mas enxerguei o que tinha a ser feito,
a primeira fala foi trocada por um silêncio protuberante
calando vozes inquietas,
é, eu não consegui
fazer o que estava prescrito,
era xulo, desarrumado,
na hora de falar fluíam outras palavras,
trancadas, as outras falas provocavam turbulência,
não se convenciam ao fato de serem trocadas,
confesso que não fugi do contexto,
quando tinha que falar do beijo..
não, não era só pra falar dele,
não é possível,
era aquela a minha chance,
os olhos pareciam saber,
se juntaram como um imã,
nada mais figurativo que o tal..

na hora de cantar,
canto baixinho quase que falando,
pra que ninguém me entenda mal,
ou mande pelo amor de deus eu parar,

nada foi gritante,
alguns vidrinhos de petulância e ousadia talvez..
abafando o obsoleto e apontando modernidade..
era melhor pensar assim.

Meu olhar, mesmo que compenetrado,
se arrastava em outros olhares por entre o palco,
esses com interrogações enormes,
alguns exalavam orgulho também.

Na volta pros fundos do palco,
me esperava a minha frase costumeira,
junto com a minha diretora,
era o; muito bem!
ou o; você tá maluco?
desta vez, recebi um; excelente, parabéns!
antes mesmo de chegar até ela me deram um copo com agua,
como se eu estivesse passando mal,
sentado na cadeira após recusar o copo,
desfrutei da semântica das minhas palavras,
quando o que eu queria era,
que acabasse logo aquilo tudo,
e estar de volta ao meu abraço,
ao meu olhar, ao canto sincero da flauta.



''o que eu teria pra contar se não mergulhasse no suposto'
desviaria.. não viveria..
e subiria mais alto pra minha queda..''


Badengarden.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

eloucoquência!

A firmeza e a doce sutileza juntas de mãos dadas
por uma adoção de postura na empreitada..
e assim segue.

A alma se sente sozinha como um andarilho no inferno,
porem, caminham outras almas ao lado com sintomas parecidos,
o que promove um encontro num certo futuro,
alguns chamam de.. destino, inexorável destino,
que arrebatador.

A rejeição de ideias pode ser um sinal,mal fundamentado,
de um temor que a alma sente
perante a perspectiva de perder o controle,
assim se contrapondo ao possível sucesso de intenções,
que sozinhas e silenciosas,como a alma, arquitetam
forçadamente um castelo,
continue fechando os olhos para elas,
e passará despercebido ao pé do castelo

Pare,estude, escolha,
doses pequenas e simplesmente efusivas
de um suposto sentimento,
ou doses cavalares de intensidade,
retaliando o que há de alusivo,
entrando numa prática coerente talvez.

Daí, definitivamente a razão e a emoção
cobrirá o que se opor ao ponto de vista,
e ao que há ou virá de contraproducente,
a teoria cairia da prateleira,
transformando a elusiva felicidade,
numa pior ainda,
porem,
com mais chances irreversíveis.


Badengarden.

domingo, 23 de novembro de 2008

mais um não linear!

estou tão perto de você,
mas,
sei que não posso ainda te ver..
a chuva cai lá fora,
e, eu finjo esquecer as limitações..
e todo tempo que passou,
o vento levou..

e tenho no meu peito um pedido,
do amor que floresceu,
ou de um coração destruído,
procuro um luar ao sol..

pra compreender,
que atitudes me levam a crer,
que tenho você!

habitar as selvas,
enchendo o peito,

e friamente como um
leão segundos antes do ataque,
jogar o medo pra cima,

e sensível como o canto dos pássaros,
abraçar o que há de bom,
seja lá o nome que tiver!


Badengarden

domingo, 16 de novembro de 2008

você tá bem?

o que precisa pra viver?
o que precisa pra te ver?
eu não preciso de intercâmbios
em lugares estranhos,
eu só preciso guardar a ironia num dos bolsos,
e tirar o/um sentimento do outro bolso.

o que te reprime?
o que te aflinge?
eu não preciso encontrar respostas
em um vocabulário rico,
prefiro o/um olhar,
a simplicidade me toca o ombro.

o que te confunde?
o que te faz hesitar?
eu não preciso te mostrar o/um arsenal,
depois do apito o jogo começa,
a incerteza nos rodeia,
espero te aplaudir de pé.

e se for preciso viver
entre o corte da espada
e o perfume da rosa,
vivamos!

encontrar respostas
nas enciclopedias da vida
para o que te reprime,
poderia ser uma boa!

e se a confusão,
te reprimir,
te impedindo assim,
de viver,
use todo o seu sentimento
num simples olhar, suspirante..
as ideias postas nos devidos lugares..
é só aplaudir a resolução.


Badengarden

terça-feira, 28 de outubro de 2008

e não obstante!

As vezes tenho fobia da vida...
de viver.. de tudo que está ao meu redor.
Parece tanto ar,
esse que é de todo mundo e não é de ninguem,
mas que nessa hora me falta.

E repouso no poema,ligo minha guitarra,
não afine do meu lado,
até ouço a sua musica,
não obstante, entro no seu dilema,
mas não faço parte dele.

Parece trêmula a mão que derruba,
estou exausto,
me ajude no violão,
cante comigo,
até entro na sua natureza introspectiva.

E dizem que sou grande,
me chamam de nobre e aperta minha mão..
quanta ironia,
grande pra que?
nobre aonde?
quem decide esses parametros universais?
onde está escrito?

Quando me consolo achando
que vai ou pode melhorar,
me lembram a lei de murphy.
Que engraçado!
acho que vou fazer uma lei também!

Cansado,cansado dessa vida breve,
de balanças tão mal dividida..
Cansado do TUDO e do NADA!

Badengarden




" É, Deus, 
parece que vai ser nós dois até o final
Eu vou ver o jogo se realizar de um lugar seguro.. "

terça-feira, 14 de outubro de 2008

ó meu bem, e a dúvida!?

E se eu ficasse aqui,
só ouvindo o tempo passar..
..mas, e se o tempo parasse?
mas dizem que o tempo não para,
será que ele passaria por cima de mim?

e se eu chegasse na ponta de um penhasco,
e não me jogasse..
..eu morreria sem sentir a sensação de voar,
e se eu pulasse eu morreria com ela..

e se,ao te encontrar eu não conseguisse,
te dizer o que penso..
ou não tivesse coragem talvez..?
mas, e se eu falar e convencer?

E se José me diz que é..
queria ver a confusão se eu duvidasse..

e se o que eu chamo de verde,
virasse amor..
e o que eu chamo de vermelho,
virasse dinheiro..?

se eu falar, pode ser legal..
mas, acho melhor ficar calado,
finjo uma preguiça..

e se 9+3 fosse 11..?
se você me diz eu acredito,
e se não?
enfraqueceria a confiança,o laço?

Mas, e se ao desligar a luz e,
segundos antes de fechar a porta..
eu ouvisse o chamado?
e se eu voltasse?
mas, eu tenho medo lembra?

prefiro ir embora
e ter mais uma grande duvida em meu peito!? =s

ó vida!


Badengarden

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Pela tela, pela janela.

Será que o ônibus do mundo passa aqui nesse ponto?
tomara que passe..
Talvez eu esteja flutuando com os pensamentos
e nunca vi ele passar por aqui.

Tenho falado sozinho mais que o de costume,
talvez por ser mais seguro.
Antes eu falava pouco comigo por falta de espaço.
Hoje reduzi a porcentagem do mundo
e me sinto bem comigo mesmo.

Andei uma rua inteira olhando pra baixo,
me sentindo como um daqueles cachorros abandonados.
A cada pedaço de asfalto aumentava a bola de neve.

Pensei até nos trechos desse texto,
mas, como de costume nunca consigo lembrar quando chego aqui.

Talvez falo sozinho por não conseguir olhar pr'um lado firme,e me apoiar.
Pode ate ser seguro mas acredito que ninguem consegue 'ser auto-suficiente'.
Não conseguia passar mais de dez segundos olhando o meu redor,
me dava uma certa turbulencia aqui dentro,um certo panico.
E pensando,pensando muuito,tentando solucionar a confusão que tá minha cabeça.
Só que dessa vez não quero chorar,
enfrento essa vontade porque eu posso solucionar sem perder esse tempo.

Prezo o meu silêncio,
mas quando abro a porta da minha solidão,
nada do lado de fora me anima de verdade.
Sobretudo,eu sei que isso vai passar.
Vai sim!


Badengarden.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Prática da vida.

Ainda lembro da sua encantadora simplicidade,
da paz que reluzia na chegada,
sinto saudade da as vezes irritante,
naturalidade e calma com que lhe dava com as situações,
que por mais grave, tinha como antidoto uma conversa pontuada por longas pausas,
das quais sempre emergia alguma frase brilhante dos lábios.
Sua aversão a certas formalidadesme fazia rir de orgulho,
a coerencia dos pensamentos,a malevolência da argumentação foram inprescindiveis para a exclusão de bloqueios pessoais e emancipação do meu ser.
Vejo-me livre e mais tranquilo em relação a vida
e não confundo o fato de ser vulneravel a ser fragil.
Tenho os sonhos,o pensamento violados pelo medo ou pelo amor,
pelo ciume ou pela angustia.
Dei lugar a um trafego maior, bem maior,
de informações e pontos de vista e zelo por caprichos tambem.
Meu desenvolvimento e virtudes até,
foram o prejuizo do convivio,e eu só tenho a agradecer ao seu teor agnostico.
Raramente sou acometido por grandes dramas de consciencia, o contrario do que acontecia pouco tempo atras.
Tenho o sentimento do mundo, quero fazer um mundo só pra mim,
mas ao mesmo tempo vivo num mundo de todo mundo.

Badengarden

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

O silêncio e seus gritos.

Não,não diga nada,
sinta a brisa do mar,
que alisa o seu cabelo,
a pureza,o silêncio do vento,
ele te canta alguma coisa,
por isso falo baixo.
O amor e o silêncio excedem qualquer semântica.

Ainda somos vigiados pelos ultimos raios de sol,
respire fundo e,
entre no seu interior,
sem conceito repreensivo,
por mais que seja tolice,
sinta o prazer de não estar nem aí pra isso.

Poucos segundos de fixos olhares..
e as palavras somem,
elas não conseguem traduzir certos sentimentos,

um singelo gesto e,
entramos em sintonia,
como se estivessemos fora de orbita.
Os 'dizeres',
ja soam telepáticamente.

Talvez caibam apenas alguns,
sussurrantes monossilabos
ou pequenas frases quase que cantadas.

e a onda que agora ja consegue
tocar nossos pés,
desperta do extase
e avisa da hora de ir.


Sinta como o silencio é a ante-sala das atitudes.
talvez não me sentisse tão feliz,
tendo que interpretar palavras
que soam,as vezes mesmo que sem querer,
mecanizadas e efusivas demasiado.


Badengarden.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Vejo daqui.

A vida é curta e eu estou passando,
seguindo sem direção certa,
com toda a convicção de que,
não posso julgar o certo ou errado,vai saber!?
As vezes é melhor nem ter lado,
vai saber de quem ser aliado,
é muito mais complicado, é "invisível",
os homens julgam os bens,
conduzindo a sua mente a um 'pré' conceito.
Poucos são os loucos que se põe fora dos esquemas,
mas impõe respeito,
inteligentemente,abominando qualquer hipocrisia,
e até aquilo que eles chamam de sistema.
Sistema que trama,manipula por no minimo vaidade,
o enriquecimento ilícito e o empobrecimento da alma e psicologico.
E essa crueldade que eles chamam de justiça.
Uma maquina feita pra destruir sonhos e dignidades,
lenta e burocratica,
uma máquina podre que não consegue ser eficaz,
com quem de direito,
com quem,de maneira infame come a maior parte do queijo,
e de uma forma ou de outra foi você quem deu.
Já nascemos julgados,ou se enquadra ou não tem nada,
tendo que assimilar as primeiras leis da vida,
ou fica pra trás.
E fazendo prevalecer à escravidão da imagem,
com rótulos e embalagens,que são o que importa,
pra os olhos da sociedade alienada.
Que finge,com covardia,não ver que,
é muito mais que cor ou condição,
na mão ou na conta,
no corpo,no bolso,
mais que nome,mais que função,
e esse blá blá blá não termina.
A igualdade "como verdade" nos torna iguais, normal, humanos, seres.
Mais amor é o bem, o mesmo que só vem com a união.
Valor incomparável.

Reis
: Chega de ser refém!
Badengarden:Vivamos o que há pra viver! \o/

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Um titulo criativo.

Ultimamente tenho andado com a cabeça na lua,
desatento,pensativo..
Me vejo naqueles dias que,
não consigo responder perguntas simples,
não consigo dar segmento a uma ideia.
O que me era óbvio e claro,
tornou-se confuso e obscuro.
Parece,a minha mente me persuadindo ao "erro".

É como se eu tivesse n'outro mundo,
e a minha vida lá,
me esperando na sala de visitas.
Sobretudo, tenho flashes de entendimento profundamente rudimentar;
estaria eu, olhando de fora toda essa loucura ao meu redor?
por exemplo,ou talvez preso em mitos inexplicáveis até então?


Semana passada duas situações me intrigaram,
e me fizeram até derramar algumas lágrimas..
é.. chorar! Foi uma surpresa mas, não me censurei,
até porque eu tinha motivos plausíveis pra aquilo..
E tinha esquecido o quanto é bom chorar,
as lágrimas,as vezes, podem salvar uma alma sufocada e presa,
e pra mim,perderam a natureza,preconceituosa,de fraqueza confessada.
Esse é um desses mitos!

Espero enfim,que a minha,ainda trêmula percepção,
consiga me desprender desse sub-mundo.
Pela minha vida,não linear,que me espera,
neste sentido, e neste sentido somente.


Badengarden

quinta-feira, 31 de julho de 2008

O que eu quero?

Viajando por meus pensamentos, entre linhas e palavras, alem do que desconheço.
Sobre o que já foi visto em letras de datas e lembranças, percebi o grande senhor tempo.
Soberano aos momentos dos que reconhecem as heranças em ler esses sentimentos.

Não vão mudar o que foi feito, segundos sempre vão passar, natural como tudo.
Apenas respeito, não tem escolha então tô perfeito, o rumo segue, se encaixa.
Estes, extra ao que tocamos, na caixa do que não somos, é o que possuímos.

Somos a historia, alem do que é escrito, isso aqui são paginas e fotos.
Temas e poesia sem gloria, igual, um sistema, um esquema, mais um poema
Lágrimas e corpos, muitas mentiras e um pouco de amor. É só isso o que eu queria?

Reis.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Lado a.lto

De um lado, o olhar da janela de manhã,
do outro, cenas de um carnaval da janela de um ônibus,
de um lado, sapatos cômodos,
do outro, o mundo batendo na minha memória,
de um lado, o poema,
do outro, apenas uma sequência de ideias soltas,
de um lado visível,minha namorada na janela,
do outro turvo,minha noiva com flores nas mãos, a minha espera,
de um lado, chocolate quente
do outro, festas,luzes e movimento
de um lado,o palco,
do outro, cenas da infância,
de um lado, o crescer, compreender,
do outro, o rock'in roll,
de um lado, meu coração,
do outro, um embaraço de pernas,
de um lado, o sonho,o show,
do outro, musica nova,
de um lado, o olhar,
do outro, a velha música do beijo,
de um lado, o medo,
do outro, o mergulhar de cabeça,
de um lado, a sintaxe e pensamentos sérios,
do outro, a morfologia e a desordem.

Badengarden.

domingo, 27 de julho de 2008

Music'in soul




Não há meios seguros de viver sem música.
Sinto me refém,
é como um carma e ao mesmo tempo dádiva.
Eu não consigo me desprender,e nem quero,
está no respirar,no falar, é como conta sanguínea.
É tão natural e não faço
questão alguma que saia de mim.

Badengarden.

Imortal.


Um dia nasceu um corpo que iria viver e morrer em sociedade, desesperado sem verdade.
Um corpo para ser a humanidade que evolui em busca da destruição.
Uma casca, uma existência sem noção.
Um corpo normal, feito de carne, sangue e osso, coberto, degradado, vestido e preso à imagem e aparência.
Uma carcaça de pensamentos e fatos sem ciência.
Uma ilusão de vida corporal sem essência.
Nesse plano, apenas uma essência relacionada com a existência que não existe, sem representação.
Uma podre decadência de ser um homem normal sem razão.
Porém, em espírito é perfeito.
Sou essência da ciência que existe em Deus.
Minha alma é natural e suprema no meu ser.
Nesse plano, livre em qualquer sentido.
O próprio equilíbrio.
Tudo e nada.
Pois meu corpo quer,
minha alma é,
meu corpo precisa de mulher,
minha alma é o amor,
meu corpo é casca,
minha alma é essência,
meu corpo é fato,
minha alma e ciência,
meu corpo é ódio e dor,
minha alma com loucura faz passar,
Meu corpo anda,
Minha alma faz voar,
Meu corpo na terra,
Minha alma no espaço sideral,
Meu corpo morre,
Minha alma é imortal.


Reis.

Confio em você


Você é, e sempre vai ser a coisa mais linda e perfeita que Deus me deu como dádiva de viver.
Mas de antemão, de joelhos venho lhe pedir perdão.
Assim como Narciso acha feio o que não é espelho,
não sei se posso reflectir seu valor, seu milagre.
Confio sim, na cura do seu sentimento.
Porém, que utopia seria pensar que o maior dos vagabundos, impuro como o mundo,
teria o poder de amar.
E o mais estranho é que eu quero tentar.
Mesmo assim, eles querem me impedir.
Tentem me parar.
Peço-te: Por favor, não desista.
Imploro-te: não pare.
Pois você é o combustível de minha sensibilidade.
Repare de verdade o meu pequeno lado bom.
Confio a você desperta em mim o que é por direito seu dom.

Reis.

sábado, 26 de julho de 2008

Laços e laços

Laços que pareciam jamais se quebrar,
foi só mais uma fonte de ilusão.
E tudo que você pensa um dia ter construído,
vai embora em alguns minutos,
minutos esses que doem ao se repetir
em lembranças posteriores..
Lembranças essas que,na verdade é essencial pra revigorar energias.
De que forma?
Estudando a própria "derrota" não cometerá o mesmo erro, subentende-se.
Mas a possibilidade de comete-lo novamente não é tão perigosa quanto
um tal "súbito desejo" de não querer sair do erro,
achar que,com remendos,pode erguer e/ou fortalecer ainda mais os laços passados,
assinando um atestado de burrice e
"esperando chamada" para se jogar de um penhasco ainda maior.
Não que eu não acredite em regeneração mas,
a minha sensatez é mais forte.
Tem também o lado optimista, da felicidade,
se você é feliz com seu erro..
então VIVA!
Um aspecto importante a ressaltar é que,
se na sua cabeça/coração foram criados laços fortes..
é porque alguma coisa de BOM,
foi adquirida com esse "relacionamento",
então que tal desfrutar dessa "coisa", um pouco mais de longe?
É no mínimo mais seguro.
"..Então SINTA mais.."

Badengarden.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Amor, pretensão.



Dispenso conceitos sobre esse assunto.
o amor está num nível de complexidade inimaginável,
ele é muito mais sentir,
que falar ou pensar,
e quem cai na asneira de descrever com palavras..
és tão tolo e fútil quanto as palavras..
e cai nessa futilidade com os olhos fechados.
Pra mim conceituar o amor se tornou algo obsoleto,
só alguns ainda não viram isso..
O que se pode dizer é que sinta,viva..
é individual e amplo,
e pra mim até imensurável..

Badengarden.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Aliado?

Então o Judas foi a julgamento...
Dos olhos escritos ao mau olhado...
Que por tantos anos falados...
Não se sabe ao certo...
Como uma forma que todos desconfiguram...

A tudo existe o mal traçado nas linhas e nas pratas...
Assim é o mistério da cruz...
No mito infinito da Fé...
Dos males o mais maldito...

De certo as estruturas condenam ate as criaturas enforcadas...
E a historia só vai à frente...
Aos doentes q não olham para traz...
Mas tem religionários visando um lucro maior...
Cresce os muros e o real fica menor...
Cegue a humanidade com suas duvidas...
Segue cada ser humano só...

Reis.

Não passou

São apenas lágrimas, que corroem minha alma ao escorrer do seu rosto.
Implica em coincidir com a tortura daquele som.
A cena molhada segue em sua face.
Ai, outro dia, e um cigarro apagado, um corpo embriagado.
Me porto disfarçado, ao lado de outra mulher.
Mas na minha mente, o tempo não mente.
Nem os dias me deixam esquecer.
E mais uma vez a música toca, e me toca como cenas em minhas lembranças.
Mas o rádio, este desligado, o porta retrato esta virado, na rede não estou conectado.
Vejo-me mentindo, fingindo, pensando e parado.
Dela não ao teu lado.
Que ilusão, linda, mas não é como seu rosto, me arranha, mas não são como suas mãos.
Sempre volta sua música com sua imagem, resgata seu homem.
É seu.
Desespero e assim sou o sincero.
O que seu se fez por direito, por outro corpo é usado.
Foi por vingança.
Por ódio.
Ciúme.
E nada valeu.
Agora o que era amor me destrói.
Mais a musica vai parar de tocar.
O retrato vai envelhecer.
No outro dia estarei são e lúcido.
As lagrimas vão secar.
E nossas almas destruídas vão padecer porque eu não soube lhe dizer.
Eu te amo.

Reis.

Mudança de estratégia

Tanto tempo passou e eu me sinto tão sozinho,
sem você aqui por perto.
Tenho procurado por você nos meus sonhos,
aquele seu "quase rir" não me sai da cabeça,
O que faltou pra seguirmos nosso caminho?
o que faltou pra sermos felizes?

e agora, me limito a viver de lembranças,
amargurado pela dor,
alimentando a esperança de ter
aquele sorriso pra mim de novo.
Alimentar uma esperança patética?
o meu lado pessimista avisa.

Mas porque ninguém consegue ser como você?
lógico, as almas são ímpares,
por mais que eu tentasse moldar alguém,
ninguém conseguiu a proeza.

mas,não seria melhor trocar de objectivo?
buscar desta vez.. a felicidade por exemplo!
e me achar um fraco pro resto da vida.
o meu lado pessimista grita.

não, porque seria fraco?
eu só estou mudando de.. "estratégia",
agora eu quero ser feliz primeiro,
e se a felicidade anda abraçada
com o amor,ele vai me ver.

Badengarden.

Demorei pra dizer

Há muito não te escrevo, tanto,
que os problemas e as noticias
ficaram tão velhas quanto essa cidadezinha,
e agora não faz sentido algum te contar.
Mas, mesmo sem a sua ajuda,
que me era tão imprescindível,
acho que consegui desenvolver (ou seria desenrolar?)
aquelas situações, até me sinto mais forte falando assim,
mas minto pra mim mesmo porque no fundo sei que na verdade
as situações é que me empurraram a uma solução,
não digo em todas elas, mas nas primeiras,
a sorte com certeza foi a minha principal aliada ,
ela foi o vento que soprou pra que o casulo se rompesse um pouquinho sabe?
Mas isso foi só no começo,eu fui aprendendo rápido, lógico,
depois que você se foi, era só eu a vida e o Zé,
que nem posso mais contar,
era ele que me ouvia, com aquela cara ranzinza,
mas o coração tão puro quanto o copo d'agua
que o acompanhava todas as noites.. Saudade do .
Eu.. num sei se você lembra mas,daqui a três dias eu completo
meus 18 anos, que saudade daquele café da manhã de aniversários passados,
começo esse semestre na faculdade de administração, estou empolgado.
Eu não queria te dizer mas, aquela sua famosa frase irá se concretizar,
e só agora eu consigo entendê-la.Toda vez que você dizia;
"Você tem que acordar pra vida Danilinho!" aí vinha ela.. "Você tem que desarnar!"
E eu me perguntava que diabos era "desarnar",
mas enfim..
consegui conciliar um estágio com a faculdade e começo amanhã. É acho que desarnei.
o motivo real da carta é que só agora eu to dizendo algo que demorei demais pra dizer..
Muito Obrigado meu irmão, por ser o meu pai, por ser a minha mãe.
Eu estou muito feliz por você aí na Itália,
espero que volte algum dia seu cabeçudo.
Te amo irmão!
Danilinho.

Badengarden.

Quantos mais?

Minha rua acordou mudada, aliás,
se for pelo corpo estendido lá fora..
eu não vejo nenhuma novidade,
isso faz parte do roteiro das manhãs de segunda feira.
Mas porque dessa vez os vizinhos não se conformam?
normalmente eles nem saem de casa.
Mas, é intrigante só imaginar que conheço essa voz gritando,
sei que é uma voz conhecida.
Os gritos se misturaram com um choro e,
eu levantei e fui direto na na porta, não costumava,
nem se o papa tivesse a bater na porta,
mas aquilo estava me deixando aflito demais.
E eu chorei ao atestar que,
sim, era sim a mãe do Cris
contida e amparada pelos vizinhos.
E o corpo no chão..
era aquele moleque cheio de sonhos,
aquele que fazia todo mundo rir com apenas uma expressão facial,
mas era também aquele moleque teimoso,
que achava que a vida podia ser "mais fácil",
sim era o Cris com uma bala atravessando
o lugar que ele dizia não ter nada.
Nem toda admiração que ele mantinha por mim, o fez ouvir conselhos que,
eram tão óbvios, pra mim e pr'os outros que o acompanhavam,
porque ele conseguia fechar os olhos pr'os perigos que corria,
se dizia um cara de "atitude".
Mas que atitude é essa? uma atitude burra, suja,uma atitude tão,inútil.
E só agora eu concordo com ele, não tinha nada mesmo na cabeça.

Aquele era mais um corpo que saia da favela,
e ia simplesmente aparecer no jornal,virar estatística.
E esse mais um texto de jornal que você vai lamentar ao ler.
Quantos "Cris" vão precisar morrer?

Badengarden

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Olha o menino

Olha o menino, se for é da favela
Podia ser mais um negro
Mais uma novela
Alem do que teria?
É ser menor na cena
O que não seria bela
Nem um problema

Olha o neguinho que invadiu
E só um canivete fazendo de convite
Arte de pivete
Na bola e na cola
Na rede ou com fuzil
Atraído por qual escola?

Seria um bom negrão?
Aquele do canhão
Disparar fogo ou solidão?
Em qualquer tipo de questão
Merece respeito
Igual bate como apanha
Fruto da situação
O ideal que tem no peito

Reis.