sábado, 10 de janeiro de 2009

Pintaram tudo de branco!

Faz algum tempo,
Eu quis ser dessa ilusão também,
os olhos brilhavam pra ela,
mas não foi difícil desistir.

Até que achei uma janela aberta,
entrei calado em fá menor,
ouvia sulfejantes sóis a me chamar,
falei então, na mesma escala,
junto com o suor me vinha o sorriso..
reciclando ideias a serem jogadas no lixo mais tarde,
Pois quero viver mais,
morrendo em si como resultado.

E sim
Afogar-me em um lugar
Que meu dizer consiga ser coerente com os pensamentos,
não conseguem ser unidos, andam de birra.

Deixa-me, mas deixa levar
o que eu não vi direito no leito forte
e mal esticado do estômago.

Ir para aquele mundo antigo,
Vai me deixar ir?
Já vivi, já morri,
morrerei em outros lares agora.
Fique por aí.
Eu aprendi tanto que não aprendi nada,
até porque não buscava aprendizado..

Lá estarei em paz,
enfermeiras a adormecer a dor,
Não tem muito tempo,
um instante e Adeus.

Nem momento,
Nem certo,
Nem errado,
O verdadeiro pecado sem mundo,
Que nunca poderá ser vivido acordado
e que ao acordar não esqueça de levantar.

oi?
Faz algum tempo,
eu entrei numa ilusão,
sabia do melhor a ser feito,
mas fui puxado por uma janela.

lá dentro tudo branco,
condizendo com a
simplicidade das atitudes,
Entrei de preto,
não tinha outra cor que pudesse transmitir
meus bloqueios, um principal que puxava os menores.

Derramei tinta branca a primeira vez,
falei o que devia, não me arrependi
depois que ouvi o dobro do que deveria,
levei pro meu leito no mundo antigo,
a paz,
meu caderno em dó e lápis!


Badengarden

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Destampe fazendo zoada!

A cabeça até pensa,
mas o mesmo bloqueio que faz sentir medo
te reprime de tal forma a me assustar.
a língua fala mas..
passarei quantas horas precisar falando,
e você fingirá não entender.. até quando?
a mão escreve..
as mesmas bobagens de sempre..

enfim..
tudo em vão..

a cabeça é persuadida com o tempo,
não respira mais seu nome Carol,
as falas se cansam, não se sentem mais úteis,
a boca não canta seu cheiro,
e a mão,
coitada dela,
só serve pra tentar acordar os pensamentos
e as palavras desfalecidas..

é um breu!
ou era um breu?

até, as mãos se encontrarem,
a mão que te dava arrepio alcançando
a que esculpia reciprocidade,
pendurado num dos cachos do cabelo,
eu lia um 'me salve',
mas o enlace das mãos o desmanchou
em resposta.
prefiro acreditar que esses pingos sejam da chuva Carol,
não há motivo pra chorar agora.

você não ligou como de costume,
mas soube a hora de ouvir o rádio
quando a minha musica tocou,
ela tocou?

isso não serve só pra embaralhar as pernas,
não pense em dois lados do cubo..
não ache que acabou,
nunca acaba,
aah Carol, quando você descobrir..
eu tenho medo desde já.

razão desregulada,
sentido avoado,
quem precisa da razão?
o que é sentido?
as bases estão cada vez mais oscilantes Carol..

faça barulho pra mim!


Badengarden