A cabeça até pensa,
mas o mesmo bloqueio que faz sentir medo
te reprime de tal forma a me assustar.
a língua fala mas..
passarei quantas horas precisar falando,
e você fingirá não entender.. até quando?
a mão escreve..
as mesmas bobagens de sempre..
enfim..
tudo em vão..
a cabeça é persuadida com o tempo,
não respira mais seu nome Carol,
as falas se cansam, não se sentem mais úteis,
a boca já não canta seu cheiro,
e a mão,
coitada dela,
só serve pra tentar acordar os pensamentos
e as palavras desfalecidas..
é um breu!
ou era um breu?
até, as mãos se encontrarem,
a mão que te dava arrepio alcançando
a que esculpia reciprocidade,
pendurado num dos cachos do cabelo,
eu lia um 'me salve',
mas o enlace das mãos o desmanchou
em resposta.
prefiro acreditar que esses pingos sejam da chuva Carol,
não há motivo pra chorar agora.
você não ligou como de costume,
mas soube a hora de ouvir o rádio
quando a minha musica tocou,
ela tocou?
isso não serve só pra embaralhar as pernas,
não pense em dois lados do cubo..
não ache que acabou,
nunca acaba,
aah Carol, quando você descobrir..
eu tenho medo desde já.
razão desregulada,
sentido avoado,
quem precisa da razão?
o que é sentido?
as bases estão cada vez mais oscilantes Carol..
faça barulho pra mim!
Badengarden
3 comentários:
Esse texto me trouxe risos e feições avermelhadas.
Bonito texto, santa Carol ;]
Faça barulho...estremeça a base da razão.
Vibre e esqueça o medo...Nem que seja por segundos
[aah! suas palavras...]
:D gosteei
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